quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As Famílias reais da Europa



Bélgica
Em um país em que partidos políticos se dividem entre o caráter valão (francófono) e flamengo (neerlandês), na disputa pelo poder político e econômico, a população coincide que o rei Albert II era peça chave para manter a estabilidade política. No ano passado, seu papel ficou evidente após assumir as rédeas quando o país ficou mais de 500 dias sem chefe do Executivo. Ele abdicou no último 21 de julho, dia nacional da Bélgica, em favor de seu filho Philippe.

Suécia
A família real sueca tem uma monarca também brasileira. A rainha Silvia nasceu de pai alemão e mãe brasileira e fez o colégio em São Paulo, entre 1947 e 1957. As pesquisas ainda apontam 70% de aprovação para a casa real, mas os escândalos do rei Carl XVI Gustaf por excessos com bebidas e mulheres o fizeram perder parte da popularidade. A última pesquisa indica que 60% dos suecos não escondem a preferência por uma abdicação em favor da popular princesa Victoria. Este ano Carl XVI Gustaf completa 40 anos no trono e prometeu em entrevistas nunca abdicar do cargo.

Mônaco
O glamuroso principado de Mônaco é hoje velho conhecido dos brasileiros devido ao Grande Prêmio de Fórmula 1, famoso pelo seu circuito cheio de curvas que se estende por 3340 metros nas ruas da cidade-estado. O nome do brasileiro Ayrton Senna segue imortalizado com seis vitórias no circuito, ainda recorde. Após a morte de Rainier, o príncipe Albert passou a ser chefe deste microestado localizado no sul da França e conseguiu tirar o país da lista de paraísos fiscais. Na luta para melhorar a imagem local, tem lançado campanhas de marketing para fazer mais negócios com países estrangeiros.
Holanda
No trono há 33 anos, a rainha Beatrix chegou ao fim do reinado com popularidade superior a 70%, quando abdicou em favor do filho, Willem-Alexander, em janeiro deste ano. A nova rainha, Máxima, nasceu na Argentina, e, apesar da popularidade, despertou polêmica., pois é filha de um ministro que colaborou com a ditadura militar argentina.

Reino Unido
Apesar da família real estar muito presente na vida dos ingleses, as funções políticas do soberano são limitadas. Aos 87 anos, Elizabeth II acumula os títulos de chefe de Estado do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte, como também de 14 Estados do antigo Império (entre eles Canadá, Austrália, Nova Zelândia), além de chefe da Commonwealth e da Igreja Anglicana. A última pesquisa sobre a monarquía declarou que 69% da população acredita que o país perderia benefícios econômicos se perdesse a majestade. Mas ninguém imagina que a rainha abdique antes de chegar aos 90 anos, quando bateria o recorde de tempo de um monarca britânico no trono.

Dinamarca
Neste país reina está família real mais antiga da Europa: desde o século X, há mais de mil anos. A última pesquisa indicou que 77% dos dinamarqueses aprovam o sistema monárquico e 16% gostariam de ver uma república instaurada. A rainha Margrethe II governa a Dinamarca e o território autônomo da Groenlândia. Em 2012, ela comemorou 40 anos de reinado.

Noruega
O rei Harald é chefe de Estado e chefe da Igreja evangélica luterana norueguesa. Uma pesquisa de 2012 mostrou que 93% dos noruegueses aprovam a monarquia, apesar de serem os europeus que mais pagam por ela.

Espanha
Com a morte do ditador Franco, foi restaurada a monarquia espanhola em 1975 e o rei Juan Carlos ficou conhecido como o grande mediador da transição ao regime democrático. Ele sempre contou com popularidade acima de 70%, mas uma série de escândalos vem corroendo a imagem da família real espanhola. Seu genro Iñaki Urdangarin, casado com a infanta Cristina, é acusado de envolver-se em esquemas de corrupção e o próprio rei se viu em maus lençóis ao ser fotogrado caçando elefantes na África. Uma pesquisa de opinião realizada em janeiro pelo jornal El Mundo indicou que o país está dividido sobre a permanência da monarquia: 53% dos espanhois declararam considerar o sistema adequado para o país.

Luxemburgo
Com uma das rendas per capita mais altas do mundo, o grande ducado centroeuropeu também teve uma polêmica instaurada em 2008. O grão duque Henry se recusou a sancionar a lei da eutanásia pelo Parlamento, alegando razões de consciência cristã. A crise foi resolvida com uma mudança na Constituição: agora o grão duque promulga mas não sanciona as leis.

Liechtenstein
Neste pequeno país da Europa Central governa a última familia real feudal da Europa. Os poderes do soberano são quase ilimitados, apesar de nominalmente tratar-se de uma monarquia constitucional.  Um referendo de 2012 indicou a aprovação de sua permanência no poder. Hans-Adam II continua como chefe de Estado, mas passou grande parte de seus poderes ao príncipe Alois, quem governa de fato.

Andorra
Desde 1278, este principado é uma diarquia, quando o Condado de Foix e o Bispado de Urgel concordaram em compartilhar a soberania de seu território. Em 1607 se estabeleceu o chefe de Estado francês como o sucessor legal para o condado de Foix. Ainda hoje é governado por dois chefes de Estado: o presidente vigente da França e o nomeado Bispo de Urgel.

Vaticano
O território da Igreja Católica foi reconhecido como Estado soberano pelo Tratado de Latrão, em 1929, quando o então Reino da Itália reconheceu a independência da Cidade do Vaticano, e vice-versa. A Itália se tornou uma república em 1946, após um referendo realizado em 2 de junho. A cidade-Estado do Vaticano é considerada um Estado teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, hoje o papa Francisco. 

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More